A preocupação do CRECI/SC com os graves efeitos que a Reforma Tributária aprovada na Câmara trará ao mercado imobiliário e ao setor habitacional foi apresentada ao senador recém empossado Beto Martins (PL), nesta terça-feira (6), em Brasília. O Conselho foi representado pelo Diretor Secretário Rogério Isnar Patrício e pelo Assessor da Presidência, Alcides Andrade. A comitiva foi integrada por corretores de imóveis de todo o Brasil, incluindo ainda os catarinenses Leandro Ibagy (Florianópolis), Marcos Antônio Vicente (Criciúma), Diego Rauber (Itajaí), além de Thiago Bez , representando outras instituições.
O CRECI/SC e o COFECI advertem que, para não haver aumento da carga tributária, o fator redutor no mercado imobiliário para vendas deve ser de 60%. Caso seja de 40%, como foi aprovado, haverá aumento da carga tributária na ordem de 15,4% para imóveis de R$ 200 mil e de 48,8% para imóveis de R$ 1 milhão, por exemplo.
Quanto à alíquota para locação, cessão onerosa e arrendamento de bens imóveis, os Conselhos defendem um fator de redução de 80% e não 60%. Caso seja mantida a proposta aprovada, a locação pode ter um aumento de 136,2% na carga tributária. Em ambos os casos, o prejuízo será grande para a sociedade. Para se ter uma ideia, o déficit habitacional no país chega a 6,2 milhões de domicílios. O CRECI/SC reivindica também que não haja aumento dos custos da moradia, um direito social previsto no artigo 6º da Constituição.