O presidente do CRECI/SC, Fernando Willrich, avaliou como positiva a informação divulgada pela Caixa, segundo a qual o Ministério da Fazenda negocia com o Banco Central (BC) uma medida para aumentar a oferta de crédito imobiliário no Brasil por meio de uma redução dos depósitos compulsórios que incidem sobre as cadernetas de poupança, o que liberaria mais recursos para o financiamento habitacional. A notícia foi divulgada pela revista Exame.
“Toda a medida que leve a um aumento na oferta de crédito, redução de juros, aumento de carência e prazo terá como consequência o crescimento do mercado imobiliário, gerando assim mais emprego, renda e desenvolvimento para o país, já que o setor da construção é o que mais impacta no PIB”, destacou.
O vice-presidente de finanças da Caixa, Marcos Brasiliano, lembrou que as instituições financeiras podem usar até 65% dos saldos das cadernetas de poupança para conceder empréstimos imobiliários. A reportagem da Exame explica que "ao liberar uma parcela dos depósitos compulsórios das cadernetas, o BC abriria espaço para a concessão de mais empréstimos imobiliários com recursos da poupança”.
De acordo com a Caixa, até o terceiro trimestre de 2023 o saldo da carteira de crédito imobiliário chegou a R$ 707,9 bilhões, um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O banco chegou a 68,8% de participação de mercado no financiamento para a habitação.
Ainda conforme a Exame, "de janeiro a setembro deste ano, foram R$ 136,9 bilhões em contrações de crédito imobiliário, uma elevação de 10,3%. Desse total, R$ 51,4 bilhões foram concedidos somente no terceiro trimestre, dos quais R$ 32,5 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros R$ 18,9 bilhões com funding do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)”.